House Of Night
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Mensagem por House of Night 13/12/2011, 11:00 am

Capítulo 3 [Marcada]


A primeira vista meu padrasto-perdedor, John Heifer, parece ser um cara ok, até mesmo normal. (Sim, esse é realmente seu sobrenome –e, infelizmente, também é agora o sobrenome da minha mãe. Ela é a Sra. Heifer. Dá pra acreditar nisso?). Quando ele e minha mãe começaram a sair eu ouvi alguns dos meus amigos da minha mãe chamar ele de “bonito” e “charmoso.”No começo. É claro que a mãe agora tem todo um novo grupo de amigos agora, um que o Sr. Bonito e Charmoso acha mais apropriado que o grupo de divertidas mulheres solteiras que ela costumava sair.
Eu nunca gostei dele. De verdade. Eu não estou dizendo isso agora só porque eu não o suporto agora. Desde o primeiro dia que eu o conheci eu vi apenas uma coisa – falsidade. Ele finge ser um cara legal. Ele finge ser um bom marido. Finge até mesmo ser um bom pai.
Ele parecia como qualquer pai. Ele tem cabelo escuro, pernas magras, e está ficando mais magro. Os olhos dele são como a alma dele, um limpo, frio de cor marrom.
Eu fui a sala de estar e o encontrei parado perto do sofá. Minha mãe estava parada perto do fim dele, segurando as mãos dele. Os olhos dela já estavam vermelhos e marejados. Ótimo. Ela ia bancar a machucada e histeria mãe. É uma atuação que ela faz bem.
John tinha começado a tentar me espetar com seus olhos, mas minha Marca o distraiu. O rosto dele se virou em desgosto.
“Fica atrás de mim, Satã!” ele citou no que eu gostava de pensar que era a sua voz de sermão.
Eu suspirei. “Não é o Satã. É apenas eu.”
“Agora não é hora para sarcasmo, Zoey,” disse minha mãe.
“Eu cuido disso, querida,” disse o padrasto-perdedor, dando tapinhas no ombro dela antes de virar sua atenção de volta para mim.
“Eu disse a você que seu mal comportamento e sua atitude problemática iriam ter conseqüências. Eu não estou nem surpreso que isso aconteceu tão cedo.”
Eu balancei a cabeça. Eu esperava isso. Eu realmente esperava isso, e ainda sim era um choque. O mundo inteiro sabia que não havia nada que alguém pudesse fazer para trazer a Mudança. Todo o “se você é mordida por um vampiro você vai morrer e virar um” era estritamente fictício. Os cientistas estavam tentando entender o que causa a seqüência de efeitos físicos que leva ao vampirismo por anos, se eles descobrissem poderiam conseguir uma cura, ou pelo menos inventar uma vacina. Até agora, não tiveram sorte. Mas agora meu padrasto-perdedor, John Heifer, tinha de repente descoberto que comportamento adolescente ruim – especificamente o meu mal comportamento, o que consistia principalmente numa mentira ocasional, alguns pensamentos irritados e comentários espertinhos dirigidos principalmente aos meus parentes, e talvez alguma semi luxuria por Ashton Kutcher (é triste dizer que ele gosta de mulheres mais velhas) – traziam esse tipo de mudança física no meu corpo. Bem, bem!Quem diria?
“Isso não é algo que eu causei,” eu finalmente consegui dizer. “Isso não foi feito por minha culpa. Foi feito comigo. Todos os cientistas do planeta concordam com isso.”
“Os cientistas não sabem de tudo. Eles não são homens de Deus.”
Eu apenas o encarei. Ele era um Ancião das Pessoas de Fé, uma posição que ele era oh, tão orgulhoso. Era uma das razões do porque mamãe se sentia atraída por ele, e em um sentido estritamente lógico eu podia entender porque.Ser um Ancião significava que o homem tinha sucesso.Ele tinha o trabalho certo. Uma boa casa. A família perfeita. Ele deveria fazer as coisas certas e acreditar no caminho certo. No papel ele deveria ser uma ótima escolha para ser o
novo marido e pai. Pena que o papel não mostra a história toda.E agora, previsivelmente, ele iria bancar o Ancião e jogar Deus na minha cara.Eu aposto que minhas novas botas Steve Madden não iriam irritar Deus tanto quanto ele me irritava.
Eu tentei de novo. “Estudamos isso na aula de biologia. É uma reação física que acontece com alguns dos corpos dos adolescentes enquanto o níveis de hormônios aumentam.” Eu parei, pensando bastante e totalmente orgulhosa de mim mesma por lembrar de algo que aprendi no semestre passado. “Em certas pessoas os hormônios dispara algum tipo de ou algo a... a...”
eu pensei mais e lembrei: um DNA viciado se sobressai, o que começa a Mudança.” Eu sorri, não para John, mas porque estava feliz pela minha habilidade de lembrar coisas de uma unidade que tínhamos acabado a meses. Eu sabia que o sorriso era um era quando eu vi a mandíbula dele se apertando de maneira familiar.
“O conhecimento de Deus ultrapassa o da ciência, e é uma blasfêmia você dizer ao contrario, mocinha.”
“Eu nunca disse que cientistas eram mais espertos que Deus!” eu joguei minhas mãos para cima e tentei segurar uma tosse. “Só estou tentando explicar essa coisa pra você.”
“Eu não preciso ter nada explicado para mim por uma adolescente de 16 anos.”
Bem,ele estava usando uma daquelas calças muito ruins e uma camisa horrível. Claramente ele precisava que algumas coisas fossem explicadas por uma adolescente, mas eu não achei que fosse a hora certa para mencionar esse infeliz e obvio acidente de moda.
“Mas John, querido, o que vamos fazer sobre ela? O que os vizinhos vão dizer?” O rosto dela ficou ainda mais pálido mais do que quando ela tinha dado um pequeno soluço. “O que as pessoas vão dizer na Reunião no domingo?”
Ele cerrou os olhos quando abri minha boca para responder, e me interrompeu antes que eu pudesse falar.
“Vamos fazer o que uma família de Deus deveria fazer. Vamos deixar isso na mão de Deus.”
Eles iam me mandar para um converto? Infelizmente, eu tive que lidar com outra rodada de tosse, então ele continuou falando.
“Também vamos ligar para o Dr. Asher. Ele vai saber o que fazer para acalmar essa situação.”
Maravilhoso.Fabuloso. Ele ia chamar nosso psicólogo de família, o Cara Inacreditavelmente sem Expressão. Perfeito.
“Linda, ligue para o numero de emergência do Dr. Asher, e eu acho que seria sábio ativar a arvore de telefone de oração. Se certifique que os outros Anciões saibam que tem que se reunir aqui.”
Minha mãe acenou e começou a levantar, mas as palavras que saíram da minha boca a fizeram voltar para o sofá.
“O que! Sua resposta é ligar para um psicólogo que não tem idéia de como lidar com adolescentes e chamar todos aqueles estúpidos Anciões para virem aqui? Como se eles fossem sequer tentar entender? Não! Você não entende? Eu tenho que ir embora. Hoje a noite.” Eu tossi, de um jeito que fez meu peito doer. “Vê!Isso só vai piorar se eu não ficar perto dos...” eu hesitei. Porque é tão difícil dizer “vampiros?”Porque soava tão estranho-e finalmente, - parte de mim admitiu, tão fantástico. “Eu tenho que ir para a House of Night.
Mamãe pulou,e por um segundo eu achei que ela fosse me salvar. Então John pos seus braços ao redor dos ombros dela de forma possessiva. Ela olhou para ele e quando olhou de volta para mim seus olhos pareciam quase pedir desculpas, mas as palavras dela, tipicamente, refletiam apenas o que John iria querer que ela dissesse.
“Zoey, certamente não iria doer nada se você passasse a noite em casa?”
“É claro que não iria,” John disse para ela. “Tenho certeza que o Dr. Asher vai ver a necessidade de uma consulta em casa. Com ele aqui ela ficara perfeita.” Ele bateu levemente no ombro dela, fingindo ser atencioso, mas ao invés de doce ele soou fingido. Eu olhei para ele e para minha mãe. Eles não iam me deixar ir embora. Não hoje a noite, e talvez nunca, pelo menos até eu ter que ser atendida pelos paramédicos. Eu de repente entendi que não era só sobre essa Marca ou o fato que a minha vida tinha mudado completamente. Era sobre controle. Se eles me deixassem ir, de algum jeito eles iriam perder. No caso da minha mãe, eu gostava de pensar que ela tinha medo de me perder. Eu sabia que John não queria perder. Ele não gostava de perder sua preciosa autoridade e a ilusão de que éramos todos uma família feliz. Como mamãe já tinha dito, o que os vizinhos iam pensar – o que as pessoas iriam pensar na Reunião no domingo? John tinha que preservar a ilusão, e se isso significasse me deixar muito, muito doente, bem então, esse era um preço que ele estava disposto a pagar.
Mas eu não estava disposta a pagar isso.
Eu acho que era hora de colocar as coisas nas minhas próprias mãos (afinal de conta, elas eram bem tratadas).
“Ótimo,” eu disse. “Chame o Dr. Asher. Comece a arvore de ligações pelo telefone. Mas você se importa que eu vá deitar até todos chegarem aqui?” Eu tossi de novo para fazer média.
“É claro que não, querida,” disse mamãe, parecendo obviamente aliviada. “Um pequeno descanso provavelmente vai fazer você se sentir melhor.” Então ela se afastou do braço possessivo de John. Ela sorriu e então me abraçou. “Você gostaria que eu pegasse pra você um pouco de remédio pra tosse?”
“Não, estou bem,” eu disse, me agarrando a ela só por um segundo desejando com tanta força que voltássemos a 3 anos atrás e ela ainda fosse minha – ainda estivesse do meu lado. Então eu respirei fundo e me afastei. “Estou bem,” eu repeti.
Ela olhou para mim e acenou, me dizendo que ela sentia muito do único jeito que podia, com os olhos.
Eu me afastei dela e comecei a voltar para o quaro. Para as minhas costas o meu padrasto perdedor disse, “e porque você não faz um favor a todos nós e vê se consegue achar alguma maquiagem para esconder essa coisa na sua testa?”
Eu nem parei. Eu só continuei andando. E eu não ia chorar.
Eu vou lembrar disso, eu falei a mim mesma com firmeza. Eu vou lembrar do quão horrível eles fizeram eu me sentir hoje. Então quando eu estiver assustada e sozinha e o que mais for acontecer comigo, eu vou lembrar que nada poderia ser tão pior quanto ficar presa aqui.
Nada.
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